Um aumento de 800 para 830 pesos ( R$4,73) no dia 18 de outubro, desencadeou a maior onda de protestos no Chile desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet, porém, de acordo com o sociólogo Patito Carvajal, esta foi apenas a fagulha que incendiou todo o Chile.
Patito, que juto a sua esposa Consuelo, estiveram em Vilhena em 2017 quando viajavam pela America Latina, falou ao Portal Vilhena sobre os protestos e abusos que as autoridades chilenas vem cometendo contra os manifestantes.
“Não são 30 pesos, são 30 anos. Trinta anos de abusos, trinta anos de fazer uma democracia compactada”, são as palavras de Patito que tem vivido diariamente com a crise Chilena.
Entre os abusos citados está a falta de previdência pública, na qual o idosos recebem apenas metade do salário minimo, privatizações e a desigualdade na distribuição das riquezas do país. “Foi se cultivando uma raiva na população… os meninos vendo seus avós com uma pensão miserável, seu pai com um salário ruim, foi gerando muita raiva”.
Em vídeo, o sociólogo fala sobre a crise chilena, abusos das autoridades e o que o chileno busca com essa onda de protestos. Entre os abusos, Patito denuncia prisões arbitrarias, tiros nos olhos de manifestantes, enviando vídeos onde até mesmo um jovem é usado como escudo humano por um agente de segurança, em outro vídeo, é possível ver um jovem sendo jogado de um veículo em movimento, em seguida, tiros são escutados. “São cenas, que não passam na televisão”, diz o sociólogo.
Assista o vídeo com o depoimento de Patito Carvajal ao Portal Vilhena.
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